Continuando a deambular pela palestra do Prof. Doutor Gonçalo Ribeiro Telles que falei no post anterior, achei curiosa a referência às Iluminuras inseridas nas "Les très riches heures du Duc de Berry", ou o Livro de Horas do Duque de Berry, século XV. Com esta referência, pretendeu demonstrar a interactividade que sempre existiu e continuará a existir entre os espaços urbanos e rurais.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQpL8RAUKL591cwSXgkSz5SQLb5H5R5pXYmKiyP05qGC7ZN46SYMrG-dNzPqN44RJ17NjzFof878POyWdjvRucFkmjo-Nyb0Adq9oyxnz22kyUBfNGj_1Vg8SjGG4R8bEQ-ECUlg/s200/Dezembro+Livro+de+Horas+do+Duque+de+Berry+A.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid-BQ5uEhlpcMRs3FKC9kZcw75gtJZRav5zlk7JetuVeGIsKKfbF6_-Ucmu3_qf6xAlPVmCGb_XZ1a425NNUQhWZMW2oO0zSwKIj5de9Hzg43nEaLvnwMhEOBY0WaU4d4H9KuobA/s200/Junho%2520esta%25E7%25E3o%2520da%2520colheita%2520no%2520Livro%2520de%2520Horas%2520do%2520Duque%2520de%2520Berry.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK-TbwP_aU9Jv0KdDtYsa_bj19IGuHFNnXricBObgpjn8jIXMdOPutIhMQp8CsxrPdWsx7K_PNLVPjp554SOUABIP702vqLsq5o7sG_gfb_rSXPL6jr2vTdpfiSHu1oRZZ8AbN0w/s200/Outubro+lavrar+e+semear+a+terra+no+Livro+de+Horas+do+Duque+de+Berry.jpg)
Se repararem (e podem carregar nas imagens para ver em pormenor) temos o espaço de subsistência (caça, agricultura,...) em primeiro plano que visa atender às necessidades da urbe, sempre em plano de fundo representado pelo castelo. Ora, durante o século passado assistiu-se a fenómenos migratórios da população dos espaços rurais para os urbanos e com a agricultura "química" e culturas inadequadas ao território, grande parte dos solos acabam por se tornar estéreis. O efeito é agravante, uma vez que se recorre à importação em massa, o interesse pelas práticas agrícolas biológicas decresce e a desertificação dos espaços rurais (populacional e solos) evidencia-se. A crescente artificialização do território é outros dos factores que contribuí para desvanecimento do espaço rural face ao urbano.
Mas agora poderá assistir-se a um fenómeno inverso. Motivados pelo stress de viver numa grande cidade são cada vez mais as pessoas que caminham em sentido contrário, primeiro para descansar e agora apoiados pelas tecnologias para residir em permanência. E começa-se a falar em hortas urbanas.....
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