Noites de Sodoma

Já começa a ser hábito ir a espectáculos mesmo na última hipótese e ontem não foi excepção. Ao contrário do que é normal, a noite começou no Bairro Alto (uma primeira vistoria a uma área de estudo) e como há sempre uma primeira vez, lá fui experimentar comida japonesa à Trindade.


O restaurante chama-se nood e além de ter um design pouco convencional, tem quase um empregado por cada cliente (quase, quase...), somos servidos num ápice (esta palavra existe?) e a comida japonesa é óptima. Fiquei cheio quase para o resto da noite. Recomendo para um início de noite por aquelas bandas. Uma das primeiras tardes de calor do ano, namorada, pança cheia, bilhetes para o espectáculo, ups...espera, cadê os bilhetes?

- "Esqueci-me dos bilhetes em casa!!!" diz ela.

Ok. A única coisa que nos separa dos bilhetes é atravessar Lisboa, a Margem Sul e a horde de pessoal que sem saber o que fazer decidiu invadir (e entupir) os acessos da margem Sul, isto com 45 minutos para o início do espectáculo. Decide-se tentar suplicar para que o senhor da bilheteira nos deixe entrar e como a tecnologia não engana, lá estavam os lugares disponíveis que tinham sido reservados.

O espectáculo: Teatro. Já não me lembro da última vez que tinha ido ao teatro, mas devia ter metade da idade que tenho agora. A peça: As Vampiras Lésbicas de Sodoma.

Uma comédia hilariante, que acompanha "As vampiras" na busca de sangue por toda a eternidade, desde os tempos antigos de Sodoma até ao presente. Vampiras, virgens, travestis, "lângery", isto tudo numa espiral de sátira social e improvisações que pôs todo o público a aplaudir de pé no final do espectáculo. Um dos momentos da noite foi o esgar de dor que um dos membros do elenco fez quando se tornou insuportável a pressão nos seus golden globes...(é o que dá homens a usar lingerie!!). Mas contornou a situação como uma verdadeira dama. Ontem foi a 100 representação da peça e por sinal a última no Teatro do Chiado. Resta a quem não viu, esperar por uma reedição da peça.

Espectáculo terminado, mais uma digressão ao Bairro onde nos entretivemos com o amigo G., as suas histórias e as mulheres da sua vida.


3 comentários:

Anónimo disse...

ja vi essa peça, é fabuloso, ri me como n me ria á mt...hehe

Mr. C disse...

Eu vi 2 vezes e só não vi a 3ª porque todos se cortaram...

O mais giro nessa peça é poderes vê-la vezes sem conta e é sempre diferente e sempre hilariante. A Rita Lello é espetacular, aliás todo o elenco é um must.

Tenho pena de não ter visto a última apresentação...

André disse...

É de facto uma peça muito boa. Para quem não ia ao teatro há muito tempo, não podia ter escolhido melhor.

Abraço, obrigado pelo visita