E foi assim...

uma vez mais, a RTP caiu no equívoco que fez da transmissão do Live 8 uma desilusão: o que toda aquela equipa está a fazer ao longo de horas e horas a fio é, no fim de contas, um gigantesco talk show onde os números musicais dos concertos servem ou de papel de parede ou de preenchimento de tempo enquanto se trocam convidados.

Está a celebrar-se uma maneira de fazer chegar a mensagem ambiental às pessoas, que não passa por aquilo que as faz fugir da mensagem ambiental: em vez de discursos pomposos e maçudos, o Live Earth vive de festa, de música, de bandas clássicas e modernas dando, literalmente, show. Então porquê vedar o público a essa festa, fechando-o num estúdio? Acho que deveria haver intervenções em estúdio, mas muito menos. Deveria aproveitar-se os intervalos dos feeds e as actuações de bandas internacionais de interesse local (como algumas bandas australianas, nipónicas e chinesas, conhecidas apenas nos seus países) para conversar em estúdio com convidados, comentar o que se viu, etc. Mas, quanto a mim, não deveria fazer-se dos concertos o acessório - e foi isso que senti que, uma vez mais, aconteceu.
Nuno Markl, Há Vida em Markl.

1 comentário:

Anónimo disse...

concordo ctg...